16 de agosto de 2017

Asas para uma suína

Estou livre?
Me pergunto se de asas é feito um voo
Estou cantando, estou só
Sentindo o vento, observando os pássaros
E esperando que um dia seja a minha vez
Já andei por quilômetros, então cheguei aqui
Onde reside a minha real paz
Bem longe daquela realidade surda e muda
Onde minha obrigação é me calar
Onde minha voz não pode ser apreciada por mim
E se algum dia tive alguma voz
Foi em um sonho, ou na febre de um dia ruim
Ainda me pergunto porquê não faço daqui morada
Já que fiz minha mais especial parada
Já sonhei em ser daqui, da simplicidade
Bem longe dos pesadelos soturnos da cidade
Já quis pular, mas me faltou coragem
Aventureira que sou, esse vento realmente me faz jovem, me faz melhor
Sou quem eu sou, sei bem onde vou, não tenho mais medo
Dê-me asa delta, dê-me paraquedas, dê-me asas, dê-me liberdade
Deixe-me livre, deixe-me ser, deixe-me voar
Por hoje, para amanhã, para sempre
Apenas me chame se realmente vai permitir que eu viva
Não tão intensamente quanto dizem, pois a intensidade às vezes é má
Mas com toda essa tranquilidade
Bem longe da cidade
Dê-me asas
Dê-me voz
Dê-me espírito
Alimente minha alma com palavras belas e com esse ar jovial
Deixe-me ser jovem
Deixe que eu pule, que eu me jogue e me extrapole
Deixe-me conhecer limites
Deixe que eu me fira em minhas aventuras.
Deixe-me livre e só.

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