Aquele sorriso estranho estampado, tatuado naquele rosto sem vida e sem um mínimo de graça.
Aquela boca torta, toda machucada pela língua afiada de quem não tem nada. pra dizer.
E os dentes amarelos, pequenos e estreitos, tortos e sem espaços comuns.
Então, me diz, se não tem motivos, para quê sorrir tanto? Onde está a leveza da falta de bons motivos?
E a pureza que só seu rosto alegre traz, a sensação de paz?
Mudar não é algo bom, quando se tem que disfarçar as mágoas, com um sorriso falso.
Mude novamente, mas mude pra ser feliz. Mude pra ser quem você era antes de todo esse processo de disciplina.
Sua rebeldia era tudo o que você tinha. Sem ela há apenas sombras, apenas marcas apagadas, apenas borracha gasta e uma ponta de lápis gasta. E uma nuvem nefasta, prestes a se apropriar de tudo o que lhe resta: sua face única e aquele jeito de falar.
Fica difícil imaginar, mas você não anda, não respira, não fala, não faz nada. Não sabe nada.
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