"O que tens a temer?"
A luz do sol vai se esvaindo, sendo substituída pelo torpor da tarde e só o que tenho são respostas a pergunta: "O que não temer?"
Há um longo dia pela frente. Longo dia para meus sentimentos, curto para meus afazeres e mais do que perfeito para o martírio. Não há definição melhor para uma tarde de domingo.
Por que eu não fiz?
Por que eu não faço?
Por que não vou fazer?
Perguntas que me afogam e não me deixam em paz.
Às vezes até as músicas que deveriam me acalmar, tornam o martírio ainda mais efusivo. E aquelas que faziam alusão aos bons dias, se tornam os principais motivos da minha avalanche de frustrações.
Enquanto isso, as sombras estão ainda lá, como se nunca tivessem saído. Elas ainda gritam "CAME OUT", mas agora, mais baixo do que antes. Ou tão alto que o silêncio começou a dominá-las, enfraquecendo sua voz.
E tudo o que tenho a dizer as sombras é: me afogue. Me leve ao seu mundo. Me leve a um mundo melhor. Não me deixe aqui.
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