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31 de agosto de 2015

Uma velha

Velha demais para sonhos, além daqueles que vêm na hora de dormir. Velha demais para esperanças vindouras. Simplesmente velha demais.
Velha demais para lamentar o que fiz de errado. E para não valorizar o que fiz de certo. E para pensar no que é certo ou errado.
A idade ainda não me trouxe cabelos brancos. Me trouxe angústias e vontade de passado. Há coisas que ficaram por lá. E que não adianta eu querer que voltem. Passou. O que foi perdido, não vai voltar.
Velha demais para vaidades. E palavras. E desejo de glória. Esqueci o sucesso e o desejo de fama. Dinheiro costumava ser o mais importante, mas agora já não o é.
Velha demais para aprender. E para me esforçar. E viver.
Velha demais para músicas.
Velha demais para sentimentos.
Velha demais para meu coração.
Velha, apenas velha.

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