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23 de agosto de 2018

OPINIÃO - O gosto musical pode influenciar a saúde mental de uma pessoa?

Depois do meu post sobre 13 reasons why, eu confesso ter medo de expor a minha opinião sobre a cultura pop, porque acabo sempre arrumando briga. Como boa aquariana que sou, adoro ser contra a opinião da maioria, mesmo quando provam CIENTIFICAMENTE que estou errada.
Dessa vez, após experiência pessoal, há várias bandas do gênero "emo", emotivo, emocional e afins, que eu costumava gostar tanto na adolescência quanto na vida adulta. Porque eu aprendi com elas que não preciso esconder meus sentimentos "ruins" ou mais "sujos", digamos assim, e não preciso fingir que estou bem. Tudo bem não estar feliz e sorridente. Acontece. A vida existe para coisas darem errado e a gente aprender com elas e assim amadurecer.
O que quero trazer para a discussão é que ouvir demais as músicas de cunho emotivo - não só essas bandas como cantores solo (inclusive "divas do pop") - , podem alimentar o sentimento de tristeza, inadequação social e até paixão patológica. 
Sentimentos podem ser viciantes e, por isso, é necessário ter uma temperança e aprender a administrá-los, e controlar o que provoca os diversos sentimentos (os tais gatilhos emocionais) - no caso as músicas. Especialmente o sentimento de paixão, o qual - quando não correspondido - precisa de um controle ainda mais rigoroso do que a tristeza, porque é tão viciante quanto cocaína (vide: Isso é amor ou obsessão? de Brenda Schaeffer). E controlar, algumas vezes, não é só diminuir, é tirar de uma vez e procurar alimentar outros sentimentos. No caso da paixão, a melhor saída é procurar alimentar sentimentos de amor próprio e realização pessoal, um trabalho árduo, pois é muito mais fácil odiar a si mesmo do que dar-se motivos para amar-se.
Por isso há tantos aplicativos de músicas: para não prender-se a gêneros musicais. Pois ficar preso a um gênero musical - especialmente os que estimulam as emoções negativas - pode influenciar não só as emoções de um indivíduo, como suas atitudes e até seu estado de saúde mental, levando inicialmente a um estado de estresse muito grande, agitação e mais uma série de distúrbios.
Não é só um bom filtro no gosto musical que vai amenizar a situação, um bom controle das músicas e as emoções que elas provocam, e um apoio da psicoterapia podem evitar o vício em emoções que possam causar estresse e outros distúrbios e, no caso da psicoterapia, ensinar como fazer esse controle de acordo com o perfil do indivíduo.

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