"Continue orbitando", ouvi a transmissão. Faltava-me oxigênio, mas havia percorrido apenas 1km. Pouco.
Se, ao menos, as estrelas falassem. Se elas me deixassem ser uma estrela também. Quem sabe eu poderia brilhar, em paz, no meu lugar, mesmo morta? Mesmo há bilhões de anos-luz?
Na Terra o oxigênio é tão duradouro, parece sempre estar lá não importando quem o ser humano seja. Ele simplesmente existe e permite viver. Já aqui, qualquer atitude precisa ser bem pensada, porque o oxigênio é limitado e não pode ser gasto. Ou vai acabar. E a missão será comprometida.
Mapeando a Terra, parece que eu nunca vou encontrar nada que permita à existência humana uma condição de existência.
Pedi que arriscássemos um pouco mais e procurássemos nos outros planetas. Mas era arriscado demais. Poderia custar todo o oxigênio. E a gravidade poderia me puxar, de forma que eu nunca mais voltaria à Terra.
Então pensei cá comigo: e se eu nunca mais voltar?
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18 de novembro de 2018
D'Terra
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