Os piratas observavam as baleias, mas não pegavam o arpão.
- Não chegamos a lugar nenhum, de que adianta pegar baleias? Não temos para quem vender seu óleo. Dinheiro não é mais importante. - disse um marujo.
- Ora, nem sabia que vocês conheciam dinheiro… - disse eu, estupefata.
- Viemos da Ilha das Tesouras, onde havia uma competição em que o vencedor levaria um prêmio em dinheiro. Nós perdemos a competição e caímos aos tubarões. Mas ninguém disse que havia outro planeta para além dos tubarões. Cá estamos, D'
- E o que é essa Ilha das Tesouras?
- Um programa de televisão.
- Interessante…
- Mas não se esqueça D-: de nada vale o dinheiro se você ficar aqui. Temos tesouro e não vale nada se não houver terra para gastá-lo.
- E então, quando vocês morrerem, alguém que conhece a terra, vai encontrá-lo e destiná-lo a algo
- Não há morte no Mar Aberto, D' - disse o capitão Chorão - ou você encontra terra ou afunda no Oceano Profundo. Ou fica eternamente presa no Mar Aberto, navegando sem nada encontrar. Morte não é uma opção.
- Não quero voltar ao Oceano Profundo.
- Pois trate de encontrar seu caminho - disse o Capitão Chorão.
- Talvez se eu voltar a respirar…
- Não há como voltar ao que Era Sideral e não é mais. Decida-se entre continuar, procurar terra ou afundar - disse o Capitão Chorão.
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