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14 de outubro de 2025

A lenda da "menina de 2018"

 Existiu na UNIFESP Diadema, de 2012 a 2018, uma aluna que, após anos de sua saída, se tornou uma lenda universitária chamada "a menina de 2018".

Diz-se que ela era uma aluna muito tímida, sem colegas legais que a amparassem e sem amigos de nenhum curso. Nunca foi em festas. Nem estudava direito. Só ia da casa para a faculdade e da faculdade para a casa. Quando estava em casa, acessava as redes sociais e ficava ali até a hora de dormir.

Stalkeava todo mundo, sabia de tudo, estava em quase todos os lugares da faculdade, sempre sondando a vida dos outros, pois nunca tinha o que dizer da própria vida.

Os anos foram passando, informações e dp's foram acumulando e a aluna foi chegando bem próxima de um colapso mental em 2015, após se relacionar pela primeira vez com um aluno de outro curso que conheceu em uma página da faculdade e, principalmente, após assumir a si mesma que era bissexual.

Ela se apaixonou por uma aluna de outro curso, chamou-a nas redes sociais, conseguiu conversar com ela nas redes sociais, mas, depois de um tempo, a amada dela a deu o famigerado "ghosting", simplesmente parando de respondê-la sem nenhum motivo aparente. O que a fez ficar ainda mais insegura com a aparência, comportamento e índole.

Isso alimentou a sua raiva pelos colegas da faculdade. Foi em uma saída de campo em 2018 que ela encontrou ainda mais motivos para chegar ao surto psicótico: uma amiga de sua amada esfregou na cara dela o tempo todo que beijou a amiga e que a amiga era apaixonada por ela.

Essa imagem não saiu da cabeça dela. Ficou matutando o tempo todo. Até que ela tentou falar com essa menina e a menina achou que estava sendo maltratada porque a aluna -- a menina de 2018 -- foi rejeitada pela amiga dela. Na verdade, a aluna só queria entender porque levou ghosting. Após esse desentendimento, a aluna se sentiu culpada por ter brigado com a amiga de sua amada e ficou o tempo todo -- mesmo após a saída de campo -- pensando nisso, sem nenhuma folga.

Meses depois, em julho de 2018, o surto veio: a aluna saiu anunciando nas redes sociais sua paixão obsessiva pela amada e que tudo não passava em um experimento da faculdade. Aparentemente, ela acreditava em telepatia e achava que sua banda favorita viria à faculdade em seu encontro para levá-la em tour e que ela passou por um experimento de quase morte, em que morreu e foi ressuscitada para descobrir se existe vida após a morte. Com o suposto experimento, ela "descobriu" que não existe vida após a morte e que a vida tinha que ser vivida agora ou nunca mais haveria vida.

Obviamente em surto, a aluna, após várias publicações confusas e ilusões estranhas, simplesmente desapareceu. Ninguém sabe se trancou o curso, se saiu da universidade, se formou ou se jubilou, ou se foi internada ou morreu.

Apenas se sabe que até hoje ela assombra os alunos tímidos, sem vida social, que só ficam nas redes sociais bisbilhotando os colegas sem nunca viver. Ela aparece do nada nas redes sociais e depois desaparece. Principalmente das pessoas que dão ghosting em quem é apaixonada por elas.

Diz-se que ela ainda ronda o campus, tentando fazer amizade com as pessoas.

Só se sabe que, para se proteger da "menina de 2018", é necessário socializar, ir em festas da faculdade, estudar, diminuir o tempo de tela e JAMAIS andar sozinha, principalmente nos arredores da faculdade. E, principalmente: NUNCA dar ghosting em ninguém ou "a menina de 2018" aparecerá em suas redes sociais e atravessará a tela para aprisioná-lo na mente doente dela -- um verdadeiro inferno.

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