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17 de janeiro de 2014

"Just a speck in the spectrum"

 Todos somos insignificantes. Olha o mundo como é enorme e quantas pessoas existem nele.
Se parar pra olhar para seu corpo, se sentirá alto, magro ou forte, corpo bonito, mas se olhar para você em meio a multidão, você não é nada. Você é só mais um elemento da paisagem chamada vida.
Se olhar pro horizonte, ou ao entrar numa caverna, dá para perceber que nenhum problema pessoal é importante perto da imensidão do mundo. Então para quê ficar olhando para os defeitos, se nunca se é notado, a não ser que precisem de você?
Pois é, às vezes eu paro para pensar nisso porque fico olhando muito para os meus próprios problemas e esqueço daquelas vidas e do tamanho do universo. Será que um dia toda essa revolta comigo mesma vai acabar e todos vão sentir minha falta?
Talvez ninguém sinta falta. Talvez não devesse ficar pensando nisso.
Às vezes é preciso ser egoísta e pensar que no fim não importa se vão sentir a minha falta, nem o quanto eu vivi e sim o como vivi. Eu fui insignificante para mim? Será que realizei meus sonhos ou fiquei num canto pensando como minha vida seria se eu não tivesse esses defeitos? Fiz o melhor que pude para ser feliz ou me deixei sozinha?
Pior do que observar pessoas importantes virarem as costas, é perceber que eu mesma viro as costas para mim em vários momentos."Meu cérebro pede descanso, e que se dane meus sonhos, porque nunca os realizarei. Eu cresci e não posso mais ter sonhos, preciso amadurecer e parar de sonhar.
Sonho? Coisa de criança. Quero ter um skate, mas isso é coisa de crianças e adolescentes, já tenho 19 anos, sou adulta, tenho que fazer o que adultos fazem: trabalhar. Agora tenho dinheiro, mas só posso gastar com meu visual ou coisas realmente importantes, não posso comprar determinadas coisas porque os outros vão me achar criança. Devo deixar de ter um perfil numa rede social, porque só crianças têm. Devo deixar muita coisa de lado, porque não é assim que um adulto vive"
Pensamentos que envolvem minha mente quando dizem que preciso amadurecer. Eu sei que vai além dos limites, mas se nunca serei importante para o mundo como gostaria, porque devo me preocupar com o que dizem?
Expandi muito esse tema, acho que enquanto vou escrevendo as ideias vão fluindo e percebo mais ainda o quanto sou insignificante. Mas será que importa? Quem sou eu frente ao pôr-do-sol? Um  dia serei um dos elementos dele, e observarei meus espectadores, que embora  poucos e não sabem meu nome, reconhecerão a importância que tive em suas vidas. Só que não terei consciência disso, porque a consciência não é importante quando sua vida é reconhecida, mesmo que indiretamente.
Acho que sendo feia e fracassada, deixo muitas pessoas que se sentem assim, mais felizes, por verem que existe gente pior que elas. Por que tornei este blog privado afinal? Minha meta o tempo todo é mostrar o quanto alguém consegue se abater por pequenas coisas e deixar pessoas tristes como eu, mais felizes por verem que não estão sozinhas ou que estou bem pior que elas. Ou quem sabe elas possam se inspirar nas minhas ideias e verem coisas que não viam sozinhas.
Mas e o medo de me expor? A ideia não é ser reconhecida? E se for reconhecida como uma maníaca depressiva ? Não era isso que eu queria?
São controvérsias típicas de pessoas insignificantes. Ao mesmo tempo que não quero me expor, quero fazer parte de algo que me faça ser reconhecida por alguma característica que seja. Não quero fazer isso sozinha, claro. Queria fazer parte de um grupo.
E com certeza será o grupo dos blogueiros depressivos, porque duvido que só eu seja assim. Há muitas pessoas no mundo para eu ficar aqui vangloriando minha solidão, porque não conheci ninguém igual. Pelo menos não pessoalmente.
A existência é um vazio cheio dessas complicações fúteis. Sou alguém, mas não sou ninguém em determinado momento. Vivo, mas não estou vivendo como deveria viver. E a importância da vida só aparece quando se corre o risco de morrer, porque ai vejo as coisas que deixei de fazer ou que deixei para ultima hora, porque estava ocupada olhando para a multidão e querendo ser reconhecida por ela.
Quando vem a inspiração, não quero fazer algo legal para mim, quero fazer para que o mundo saiba como sou e como penso. Nunca faço nada para mim ou por mim.
Nunca escrevi uma música para mim, porque estava ocupada pensando em quem a música poderia atingir.
Não comprei a camiseta do Morrissey só porque eu gosto, mas porque quero mostrar para todos que gosto do trabalho dele e encontrar alguém que também goste e não se sinta brega por isso.
Talvez o motivo de estar viva é tentar mostrar para todos que por mais diferentes que sejam, não estão sozinhos. Não tem porque existir tristeza, porque não importa o quanto a tristeza me atinja, existe gente pior do que eu, que deveria estar bem mais abatido do que eu estou, mas a pessoa está lá sendo feliz. 
Por que eu tenho que ser triste? Por que não posso agradecer a vida que tenho e viver o melhor possível para mim e não para os outros?
Não me falta olhar para os outros e ajudá-los. Falta eu me ajudar. Os outros já se ajudaram e estão vivendo.









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