"A Consciência de Zeno" de Italo Svevo, é um daqueles livros um pouco chatos para a leitura, mas que no final, acaba surpreendendo e dá vontade de ler mais vezes, para conseguir entender alguns detalhes.
Zeno nunca está satisfeito com o que tem, sempre quer possuir mais. Além de que acredita ser superior às pessoas, e merecer o que é melhor. Melhor do que as coisas e pessoas que os outros possuem. Tudo que é relacionado a status, ele acha que merece o melhor de todos, porque é muito mais do que aqueles que de alguma forma possuem.
O bom é ver, que às vezes lhe sobram as escolhas que ele nunca faria, porque se julga bom demais para fazer aquelas escolhas, como, por exemplo, casar-se com a Augusta, a qual ele julgava inferior, por ela não ter a aparência feminina que sua futura mulher deveria pertencer.
Com o tempo ele descobre, que ela é uma boa mãe, e fica frustrado por não ser um bom marido, por trai-la não só em pensamento e por desejar trai-la sempre. Além de desejar a morte dele ou dela, acaba desenvolvendo hipocondria, ou seja, ele deseja possuir uma doença, que o tire da vida, porque Ada, a esposa dos sonhos dele, se casaria, em breve, com Guido, um homem que ele acabou desenvolvendo uma certa antipatia.
O que o deixou feliz foi saber que Ada desenvolveu uma doença, e Guido, por não aguentar a pressão de sua empresa indo à falência, os filhos gêmeos e seus gastos, e a doença de Ada, acaba cometendo suicídio.
Zeno descobre ter diabetes e complexo de Édipo, o que o deixa feliz, por descobrir que tem uma doença. E só então, ele vê motivos para continuar vivo.
Bem pessimista, mas ao mesmo tempo, mexeu um pouco com a minha convicção de felicidade. Talvez algumas coisas simplesmente não necessitam explicação.
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