Era um imbecil sem tamanho. Dotado de uma inteligência inexistente. Seu único diferencial, era aquele que só ele via: poderia ter o mundo em suas mãos, desde que roubasse todas as estrelas do céu. No início, as escondeu com toda a poeira que conseguiu encontrar. Aprendeu a provocar erupções vulcânicas e a poluir o ar com suas palavras inúteis.
Fez as partículas de poeira se suspenderem aos céus, mas ainda assim, não conseguiu roubar as estrelas. Elas continuavam lá, apenas escondidas.
Levantou as peças de seu próprio ego e com elas, construiu um foguete. Com o qual iria até as estrelas e as roubaria, sem falhas, desta vez. Mas que imbecil constroi um foguete com pedaços de seu ego quebrado? Ele, claro, o maior imbecil de todos.
O foguete se despedaçou. Outro plano precisava ser traçado. Talvez se pegasse os pedaços de seu coração partido, construiria um foguete ainda melhor. Era só colecionar histórias com pessoas mais imbecis do que ele e pronto.
Mas essas peças não funcionam, porque não existem. Deve haver um jeito melhor de roubar as estrelas. Elas não merecem brilhar tanto assim. Não merecem a imensidão. Elas merecem o esquecimento. A cidade sem estrelas. Não vou desistir de roubá-las e destruí-las, só porque dizem que isso é impossível.
Então, ele parou de usar drogas, arranjou um emprego e parou de usar a internet para coisas imbecis. Parou inclusive de escrever, detalhando a sua vontade de roubar as estrelas, a qual passou, porque agora ele era gente e não mais um imbecil.
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