O que me inspira é a raiva. Me irrite e transformo meu ódio em algo produtivo. Às vezes dedico meus versos livres para alguém que odeio. Chamo de querido(a), amor, etc. Não sei o que me dá.
Quero que pegue fogo na sua cara e te deforme, deixando você parecido comigo, para que passe pelos dramas que passei. Para que as coisas na sua vida comecem a não dar certo, porque você será feio e completamente desprezível.
Me pergunto: porque esse ódio todo? Você fica cada vez mais feliz, quanto mais audiência te dou. Você fica cada vez mais sortudo, bonito, etc. E eu? Nada na minha vida muda.
Vou invejar em silêncio. No privado. Para quê odiar alguém, quando posso amar as coisas que as pessoas fazem e as coisas que eu faço?
Quero que você tenha todo o prestígio que deseja. Esqueça o "Incêndio". Esqueça meu ódio.
Para quê tanto ódio e rancor? É injusto ser uma azarada, mas desejar que as pessoas peguem um pouco do meu azar, é pior ainda. Muito mais doentio. E nada poético.
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