Estampei a verdade na minha camiseta preferida e desfilei por ai, sem saber que vivia a maior mentira que alguém poderia ter inventado.
A verdade parecia clara e certa, mas não era o que parecia.
Eu era uma mentira disfarçada de verdade. Nunca senti nada, mas me fazia de sentimental, porque era assim que eu deveria ser.
Me programaram para dizer a verdade acima de tudo, mas ocorreu uma pequena pane no sistema, a qual fez algo grande, o que fez uma grande diferença em todo o sistema: sou um lado B da verdade. Enquanto vocês escondem o que realmente pensam, eu mostro, porque é para isso que fui programada.
Penso até demais. Não quero que o mundo mude só porque estou nele. Quero eu ser mudada pelo mundo a minha volta, afinal, quem sou eu, diante de tanta gente diferente, almejando um dia ser igual a alguém?
Pense em alguém que você odeia agora. Esta pessoa é você. Algum dia, chegará lá, querendo ou não.
Você pode até calçar uma sola bem resistente em seus pés, mas as pedras sempre estarão no chão, aptas a te derrubar a qualquer momento caso não consigam te machucar diretamente.
Mas aqueles são apenas seus pés. Apenas uma parte de seu corpo. Não precisa fazer tanto alarde por isso. Você continua em pé, caminhando e desviando das árvores.
As árvores continuam ali, não é porque desvia delas, que elas sairão de seu caminho. Essa não é uma opção delas, e sim o que elas devem ser neste mundo.
Leve a minha verdade junto a sua. Leve, releve, se sinta mais leve. A verdade nunca existiu, mas ela está lá, assim como a Lei de Murphy.
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