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1 de dezembro de 2005

Mary, Karol, Luís e a gata Mary

Acordei com a gata ronronando perto de mim. Olhei novamente para seu pescoço. Tinha uma coleira com a medalha escrito "Mary". Estranho. Eu podia jurar que a Mary fosse uma pessoa.
Procurei os álbuns de fotos na gaveta da minha escrivaninha. Tinha várias fotos minhas, junto à garota que eu acreditei ser a Mary. E no pescoço dela, tinha uma corrente com um "M". Cabelos loiros, black power, e pele morena clara. Tinha uma foto do dia em que ela usou uma blusa de frio muito parecida com a da Paty do Doug.
Lembro de em um dia desses, após ela assumir que namorava Luís, o chamamos de Doug, porque ela parecia muito com a Paty. Então, a Mary existia. Ou existiu. Nos álbuns, tinha um com fotos minhas e da Karol. Ela com uma blusa de pandas, e uma corrente com um "K" bem grande, rosa e fluorescente. Eu com meu moletom cinza, coberto com a renda que eu mesma coloquei nele.
Mary e Karol eram reais. E por que tudo isso então? Cadê elas? O que aconteceu?
De onde surgiu essa gata?
Luís estava tomando café com a minha mãe. Ele vestia uma touca cinza escura, uma camiseta com gatos espaciais, um short amarelo e tênis vermelhos. Sempre cheio de cores. Enquanto eu descia, suspirei com o jeito que ele tira a touca e passa os dedos pelos cabelos cacheados e castanhos. Ele sorriu para mim.
"A Mary não vai a escola hoje, Juanna. Pensei em lhe fazer companhia hoje".
Ele era muito fofinho. O que eu falava mesmo? Ah sim, tudo está se encaixando agora.
Bom, até mais.
Juanna.

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