"Respeite suas emoções. Respeite seus limites".
Respeito. Uma atitude tão simples, uma ação tão complexa.
Quantas coisas a respeitar.
Parece uma estrada em linha reta. Só parece, veja só.
Por onde começar?
Mais importante: quem quer e como quer ser respeitado?
Vamos distribuir respeito.
Aos de mais idade. Só ouvi-los.
E aos de menos também. Não estraguemos infâncias e adolescências alheias só porque os tempos mudaram tão rápido e eles não fazem o mesmo que costumávamos fazer. Nem melhor, afinal, se eu tivesse a chance de voltar, eu faria muito melhor, então eles tem que viver o que eu não vivi.
Os mais frustrados. Mais desgastados. Indiferença não é uma escolha.
Os menos frustrados também, afinal, nem sempre é fácil manter o entusiasmo.
E eu. Principalmente eu. Meu tempo, minhas regras, tudo sobre mim. E até bem mais.
Quanto respeito tenho dado à minha pessoa?
Menos que aos outros, para não ser narcisista e egoísta.
Porque é ruim eu ser prioridade da minha própria vida.
Menos, bem menos, pois agora estou sendo dramática e vão achar que adoro fazer drama.
Menos ainda, porque o texto vai ficar carregado de emoções negativas, e eu deveria escrever algo para motivar ou algo produtivo, que ensine algo às pessoas.
Menos, porque agora estou criticando demais e isso vai doer em alguém.
Menos, menos, sempre menos. Menos ainda, porque nenhum "menos" é menos o suficiente quando se coloca "eu" no meio do texto.
Olha só esta sociedade!
Tantas regras. Tantas opiniões. Tantas coisas importantes para me concentrar.
E então, cansada de pessoas como me encontro agora - principalmente de mim mesma- , me ponho a focar no mais essencial, a pergunta central da minha existência e da dos colegas de vida:
"E eu com isso?"
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