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23 de setembro de 2018

Depois da primavera

Embora pequenina, nunca desisti de lutar. O faço pelo bem que ainda há no mundo.
Ainda que haja maldade, inclusive dentro de si, cá estou a não deixar-lhe abalar pelo mal que há.
Algumas vezes, escondida sob os raios do sol, outras, sob a luz do luar. Quem sabe a escuridão também seja boa desculpa para esconder-se nos medos e nunca ser maior do que eles.
Não há um caminho pronto pela frente. Há apenas novas cores e sabores a descobrir. E muita coisa ainda vem pela frente, mesmo que pareça o fim.
A juventude parece levar uma eternidade, mas é passageira como a infância. Arde mais do que ralado de criança, mas tem o mesmo gosto de fruta mordida pela mãe. E sentimento de domingo bom.
Eis que as asas de borboleta desfazem-se em mãos humanas. E então você percebe que quando dizem "sejamos mais humanos", a sua criança interior chora e grita: "não, por favor", e você nada pode fazer, pois "ser humano" é "ser adulto" e abdicar de toda a doçura infantil, especialmente da liberdade de expressar seus sentimentos, afinal, mesmo as pessoas mais estressadas olhariam com ternura e diriam "tudo bem, é apenas uma criança". Enquanto adulto dizem: "o tratamento correto e uma boa medicação resolveriam. Siga o rebanho".
E seus sonhos ficam cada dia mais restritos às "causas sociais", as quais, ao final do dia, resumem-se a alguns papeis e fotos, para orgulho futuro, e é isso que "social" tornou-se: um pensamento no futuro, outro no que você sente ter feito, mas realmente não fez.
Mas, como a luz do sol continua lá, eu continuo aqui. Fui chamada "falsa positividade", mas nem por isso penso em desistir.

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