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22 de setembro de 2018

Primavera

Envenene-me com sua saliva
Sufoque-me com sua boca
Suje-me com seu suor
Estrangule-me com seu cabelo
E jamais deixe-me respirar
Permita-me sofrer um pouco mais
Não mais à distância, agora à proximidade
O mesmo sentimento, mas outra pessoa
Outro lugr
Outra vivência
Corte-me com suas escamas
Fure-me com seus cílios
E, assim, ao me machucar, voltei à essência
Ao que era antes de forçar positividade
O divertimento através do grotesco, do que machuca e do terror
Um divertimento assaz e incomum
Buscando no lusco-fusco a clareza que nunca esteve na luz
O fim da escuridão e da névoa, nunca foi a luz
Foi saber exercitar outros sentidos além da visão
A visão sempre enganou por fazer julgar pela aparência
Não pelas batidas do coração

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