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9 de novembro de 2018

D'buraco negro

Permito que você morra em mim. Pode ser que você seja uma pessoa incrível, maravilhosa, cheio de ideais de salvar a humanidade, os animais, a natureza completa. Mas, para mim, não foi um bem. Sugou quase todo meu oxigênio e foi buraco negro, me puxando para dentro. E como em Interestellar, você queria me ver presa no passado e sem volta para o presente ou futuro.
Ainda orbitando, enxergo a influência que você tinha em minha vida. A dor só atinge quem fica parado. Quem se movimenta, nem vê que ela existe. Só vai enxergar quando parar.
Por isso tomei a liberdade de me movimentar e me manter em movimento por um longo tempo.
Mas, de nada adianta novos hábitos, se ainda recebo transmissões errôneas sobre a vida. Adeus, colega astronauta. Encontre sua missão e deixe-me terminar a minha, sozinha, em paz. Encontrarei as transmissões certas. Não se preocupe. Nunca fui vítima, não é agora que serei.

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