Quanto mais se tem informações sobre as profissões, mais perdidas as pessoas têm ficado, afinal, como escolher uma profissão?
Com carreiras voltadas ao público e ao entretenimento ou desenvolvimento pessoal, audiência tem se tornado tão ou até mais importante que o dinheiro, afinal, além de que quanto mais pessoas comparecerem a seu evento ou assistirem seu conteúdo, mais investidores você atrairá e, consequentemente, mais dinheiro, também tem as regalias, o carinho das pessoas que gostam do seu conteúdo e aquela inflada de ego que todo mundo gosta. Só que são poucas as pessoas que conseguem alcançar um bom patamar de audiência que as permita tirar sua renda desse tipo de trabalho. Talvez viver de paixão e sonho, não seja tão simples assim.
Já as carreiras voltadas ao enriquecimento, ao dinheiro, costumam ter muita concorrência - todo mundo quer ganhar muito dinheiro - e, quando finalmente se conquista uma dessas carreiras, costumam exigir muito estudo e trabalho duro, o que inclui noites mal dormidas, isolamento da família e amigos, mudança de ambiente e pouco entretenimento. O que, claramente, pode gerar problemas pessoais, familiares, além de diversos problemas de saúde, afinal, essas pessoas - na maioria das vezes - não têm tempo para perceber que têm um problema de saúde, até chegar ao ponto em que precisam de internação.
E, por último, a vocação. Todo mundo tem talento para alguma coisa, algo que cada um seja surpreendentemente melhor que os outros a sua volta a ponto de se destacar e ser reconhecido por isso, sem, contudo, ter de investir muito do seu tempo, paciência, estudo e dinheiro. Algumas vezes investir nesse tipo de carreira pode ser surpreendente, mas são poucas as pessoas que descobrem sua vocação até os 17 anos. Eu fui descobrir a minha aos vinte e nem dei tanta atenção assim, porque de acordo com a minha experiência, nem sempre há reconhecimento, já que meu material está disponível de forma gratuita e, geralmente, a expressão ocorre de forma pessoal, o que não interessa tanta gente a ponto de eu conseguir seguir para a fase de audiência em que consigo viver da minha paixão. E, pensando melhor sobre essa questão, é até bom que seja assim, pois dessa forma sou "obrigada" a procurar o mundo fora de um computador e da internet, para trazer conteúdo e não ficar presa na minha própria cabeça e no conteúdo mais popular da internet, em busca de easy views.
Há um mundo real e um mundo ideal. O mundo real exige dinheiro e estabilidade, pois mesmo que a pessoa não tenha tanta ambição e não seja gananciosa, ainda assim precisa de dinheiro. Enquanto o mundo ideal exige que se viva de seus sonhos e paixões, além de cuidados com a saúde, já que as pessoas que vivem pelo dinheiro, na maioria das vezes, deixam a saúde para o segundo plano porque exige tempo e essas pessoas têm pouco tempo para notar que algo anda mal em sua saúde, até que o problema "explode" e não há como não perceber que é necessário cuidado e muito investimento, seja de dinheiro e tempo, o que deixa a pessoa mais doente ainda, já que ela quer voltar à rotina agitada para obtenção de dinheiro.
Algumas pessoas conseguem conciliar os dois e escolher uma carreira pela qual elas são apaixonadas e ao mesmo tempo conseguem ganhar muito dinheiro com isso. Claramente, são raridade.
Com tanta idealização e tanta realidade batendo à porta da vida, é comum que haja pessoas que aos 50 anos ou mais ainda não tenham uma carreira definida, elas só sonham com aposentadoria e não precisar decidir mais nada na vida relacionado à profissão. Mas, como as leis da previdência têm mudado, o sonho da aposentadoria vai ficando cada vez mais distante para as pessoas mais novas e torna-se desnecessário pensar no que fazer da vida tão cedo, seja aos 17 ou aos 30 anos ou mais.
Não que não se deva trabalhar, estudar e descobrir sua carreira, aquela que faz com que você alcance os objetivos de vida que você deseja. Pode-se fazer o que tiver de fazer ou o que desejar, o que estiver ao alcance, o que for possível, enfim, fica a critério de cada pessoa.
Não há uma resposta correta para essa pergunta de "como escolher uma profissão?", há uma infinidade de profissões, regulamentadas ou não, e o ideal seria que cada um fosse experimentar cada uma delas, para aprender com cada uma e delinear o que quer fazer da vida, pois só com muita prática é que se consegue chegar a uma boa escolha, o mais satisfatória possível dentro do padrão de profissão, carreira e salário. Especialmente quando se é jovem e indeciso.
Então, resumo de todo esse texto: não escolha, vá experimentar! Vá se conhecer e delinear, quem sabe até criar uma nova profissão, uma perfeita para você! Arrisque-se e não se esqueça: se falhar, tente novamente até conseguir alcançar o seu objetivo.
Espero que tenha feito algum sentido - para mim mesma ou para alguém que ler. Até o próximo post!
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