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5 de março de 2019

"A vida sempre esteve ali (e como há vida!)", uma resenha de Depois de Você e Ainda Sou Eu, da Jojo Moyes

Mais dois livros da Jojo Moyes, que eu li MUITO rápido devido a seu impacto na minha vida e à forma como me deixaram "sedenta" por saber o que viria a seguir na vida da Lou, após a morte de Will Traynor. Depois de Você e Ainda Sou Eu, são dois livros incríveis para ter em sua coleção ou ao menos para ler!

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Após a perda de um grande amor, Lou ficou perdida na vida e parecia que nunca superaria, afinal, de certa forma ele "escolheu" a própria morte - embora, ao analisar as circunstâncias de sua vida, pareceu uma decisão justa e pensada na família, afinal, ele poderia ter "escolhido" uma forma mais brutal de morrer, mas preferiu o suicídio assistido, em que ele morreria "dormindo".
Para ela, que sentia essa necessidade de cuidar de alguém e encontrou o emprego de seus sonhos ao cuidar de Will, assim que ele se foi, a vida dela tornou-se obscura, embora ele tenha deixado uma carta que dizia para ela viver e explorar seu potencial e sua ambição. Mas, em luto, parecia que essa fase nunca passaria, ao menos não por esforço dela.
Com isso, em uma das noites, sozinha em seu apartamento, Lou bebeu demais, subiu no terraço, xingou muito Will por ele ter tomado uma decisão egoísta, e com isso, caiu do terraço, direto no quintal de um vizinho. Na ambulância, um paramédico segurou sua mão e ela implorou que ele não soltasse - e assim, ela conheceu seu novo amor! Justo quando ela achou que era o fim.
Então, ao reconhecer que estava em depressão, Lou procurou o grupo Seguindo Em Frente, um grupo para pessoas que perderam entes queridos e não conseguiam seguir suas vidas sem uma ajuda. Embora a ideia pareça muito triste, Lou encontrou um grupo bastante divertido com muitas coisas em comum, inclusive alguns desses entes falecidos também haviam se suicidado.
As coisas mudaram completamente de perspectiva quando Lou conhece Lily, filha de seu amado Will, que fora escondida dele porque a mãe dela não queria dinheiro dele nem da família, então tentou criá-la como se fosse filha do padrasto, mas Lily acabou descobrindo a verdade.
Embora Lily não fosse bem vista pela própria mãe, Lou se afeiçoou à menina e permitiu que ela morasse junto no apartamento, afinal Lou morava sozinha e tinha agora uma companhia. Mesmo a menina sendo muito rebelde, desobediente e sem horário para voltar para a casa. Lou permite-se contagiar pelo espírito jovem da garota e passa a frequentar os mesmos lugares que ela, comportando-se como uma irmã mais velha.
Quando sentiu que era o momento, Lou apresentou Lily à família de Will e, embora relutantes, acabaram aceitando se aproximar da garota. Acabou que era tudo o que a avó dela, mãe de Will, precisava: uma companhia que a tirasse da depressão pós-morte de Will e pós-divórcio.
Lou, sozinha em seu apartamento novamente, recebeu uma proposta de emprego em Nova York, indicada por Nathan - antigo enfermeiro de Will. Como as coisas se acertaram entre os Traynor e Lily, bem como com os Houghton-Miller - família biológica de Lily - Lou viu ali uma oportunidade de expandir seus horizontes (na verdade Treena insistiu MUITO para que ela fosse, então ela foi por livre e espontânea pressão), deixando Sam - seu namorado - e sua família para trás.
Em Nova York, Lou vive uma vida completamente diferente da que vivia em Londres, pois não só o sotaque é diferente, mas os costumes e o modo como as pessoas tratam umas as outras. Em Nova York, as pessoas são completamente indiferentes umas às outras, exceto pela classe mais pobre que é mais comunitária e empática, ou, a "classe dos empregados". Os mais ricos faziam doações para a caridade para se aparecer, mas não para ajudar REALMENTE. No dia-a-dia sequer cumprimentavam o porteiro e os empregados, era como se essas pessoas fossem invisíveis.
Lou tem sua vida completamente mudada - inclusive seu sotaque - pois, longe de sua família, ela precisou se reinventar e descobrir novas pessoas que cumprissem o papel de família - entre essas pessoas, Nathan e uma senhora, Margot, a qual Lou não costumava se dar bem no início.
Enfim, sem mais spoiler, acredito que esses dois livros juntos tenham muito a dizer sobre a vida, pois Lou precisou lembrar que tinha uma vida antes de conhecer Will Traynor e poderia sim continuar a sua vida após a morte dele. Só precisava resgatar alguns gostos do passado e construir um novo futuro, absorvendo as mensagens positivas que Will deixara na carta. Afinal, não precisava agir como se ele nunca tivesse existido, só precisava lembrar que a vida não acabou porque ele se foi. 


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