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25 de março de 2022

Tempo

Me perdi do “vagalume”. Sinto-me livre e leve. Por algum tempo indefinido tive uma missão. Agora já foi. Já passou. Minhas botas de astronauta se perderam no fundo do oceano. Estou descalça. E sinto algo sobre meus pés. Encolho as minhas pernas, mas o ser sobe sobre mim, como uma cobra enlaça sua vítima. É um relógio distorcido.
“Meu nome é tempo e vou te consumir. Olhe para  o futuro agora. Você está perdida. Há muito já não é astronauta, mas mergulhadora. Acorde, mergulhadora, acorde”.
E então o tempo escorreu e se foi. Perdi tempo.


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