Lá vai ela, pleno Carnaval
Desnecessária, pungente e carnal
Ela que não sabe o que faz
Não sabe o que diz
Nem sabe para onde irá depois do Carnaval
Ela segue, segue e torna a seguir
Sem direção ou abraço de namorada
É ela, a desnecessária
Seu nome é dor
Apelido desespero
E ela gosta de vir para meu desassosego
Oh, sim! Abraços de namorada, ela é bissexual
Apaixonada pela escuridão, de olho no medo
Vesga como joaninha
Cega como medusa
Ela transforma-se quando quer
Nome dor
Sobrenome solidão
Lá vai ela, meus amores, lá vai ela
Pungente e desnecessária
Torturante como o tédio
Quebrante como o caos
Tatuada com o limbo
Bissexual como as piranhas
A devorar sem enxergar
Toda a maldade que causara
E que ainda vai causar
Lá vai ela!
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