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20 de março de 2024

Passarinho azul

 Adeus, passarinho, adeus

Não me canso de escrever cartas

Despedidas para cá

E para lá

Como o balanço de um navio

E canções de amigo

Adeus, passarinho, adeus

Como era bom usar palavras minhas em espaços seus!

E como a nostalgia vai me consumir...

Vai arder como chamas em árvores secas

E, assim, sem contato contigo, passarinho, eu também secarei

Se for pelo meu bem, meu amigo, será necessário

Foi-se um ano, um bem caótico

Mas, ei! Olhe o relógio!

É hora de ir, passarinho, tal qual o coelho de Alice:

Apressada, sem rumo e sem destino.

Adeus, passarinho, adeus.

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