Me traumatize. Estrangule. Esmague meu crânio. Coma meu cérebro. Arranque minhas tripas e com elas, faça cordas para as crianças brincarem.
Use minha pele para fazer tambor. Batuque as canções que insisto em escrever. Use meu cabelo para fazer chá. Faça dos meus olhos, bolinhas de gude, daquelas que nenhuma criança quer usar para brincar.
Faça um colar de pérolas com todos os meus dentes. Diga que sou autora de todos os acidentes. Ordene que sua amada use minhas unhas. Faça do meu nariz, o seu copo, e tome, apenas tome.
Pisoteie meus rins. Faça vinho com todas as minhas vísceras. Venda minha gordura corporal. E se sobrar algo: queime. Sem dó, nem piedade.
Apenas faça. Isso é uma ordem. Mando em você. Se tiver medo de ser julgado, mostre o que acabei de escrever. Viram? Foi tudo a meu mando. Ele é só um escravo, um pobre coitado, que faz o que eu quero, sempre que mando. E aquela é a ambulância atropelando ele, e impedindo que siga todo o procedimento experimental.
Não se preocupe. Eu acho outro. Tão tolo e submisso quanto.
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