Aquele bloqueio chamado timidez consegue ser tão eficaz que sinto que não tenho personalidade, ao passo que quando olho pras outras pessoas, começo a achá-las perfeitas, cada uma do seu jeito.
Parecem aqueles personagens de filmes, novelas, seriados. Fácil eles se identificarem com qualquer personagem da ficção, enquanto eu não consigo me identificar com nenhum.
Todo mundo consegue se identificar com personagens que se arriscam para chegar a algum objetivo. Eu não me arrisco, porque não tenho objetivo nenhum. Fica difícil, afinal não só os roteiros, como a própria vida, foram talhados visando um objetivo que cada personagem quer alcançar.
Todos os que se arriscam, são perfeitos. Eu deixo o entrave me atrapalhar, então não sou perfeita. Sou só um robô movido à vida, que não tem sua própria personalidade.
Vou deixar uma lista de personagens com as quais me identifico em algum aspecto.
Marvin, o robô depressivo do Guia do Mochileiro das Galáxias, porque ficam falando que pareço um robô e também pelo jeitinho dele de falar, que é bem parecido comigo.

Kuronuma Sawako de Kimi Ni Todoke, porque sempre tento passar uma imagem, mas acabo passando outra. E também porque faço esforço pra ser uma pessoa normal, mas as pessoas insistem em me ver como querem. Só que a Sawako conseguiu superar a timidez, e seu amor platônico já nem é tão platônico assim, mas enfim.
Mary do filme Mary e Max, porque ela é considerada esquisita e porque tem um amigo virtual considerado esquisito.

E a Misaki Mei, de Another, por ser uma personagem abandonada por todos, pelo simples fato de ser esquisita, então começam a achar que ela está envolvida com tudo que acontece de ruim.
E algo que resume tudo que escrevi neste post, com certeza é a música "Inveja" da Megh Stock. Tudo que não consegui dizer abertamente no texto enorme acima.

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