Depois de passar por isso, corro pro espelho, me filmo, tiro fotos e continuo não vendo nada demais. Devo me preocupar? Eu sempre me preocupo, nunca paro pra pensar nisso. Já sei que é como a história de Narciso, eu olho pro espelho e me apaixono por mim mesma, mas não vejo a realidade e esqueço de viver. Não confio no que vejo no espelho, era isso que Narciso deveria entender. Só que a mentalidade sempre está voltada pra vaidade.
Em um mundo onde só fazem sucesso os artistas bonitos, enquanto os feios ficam afogados nos videos poucos vistos da internet, quem sou eu? Se ser bom em algo não é importante, então posso esquecer. Não adianta me esforçar para compensar os defeitos da embalagem, da casca. Onde nem a essência ajuda.
Se pessoas de fora da minha família sempre fizeram questão de criticar minha aparência, lógico que eu devo dar mais atenção à opinião delas. A família quer me ver bem, nunca vão dizer a verdade, porque é amarga, e é pior do que levar um esporro. A verdade remoi dentro da gente. Toda família sabe disso, por isso adoram falar que não sou tão feia quando acho, e que eu deveria acordar e ver que estou sofrendo a toa por isso.
Sempre que ouço "Accept Yourself" do The Smiths lembro as pessoas da minha família dizendo essas coisas todas da música. Parece que foram eles que escreveram pra ver se me sinto melhor.
Não confio em sorrisos amarelos e conversas com frases feitas. Confio no que é dito sem pensar, porque é quando não se pensa, que se diz toda a verdade. Pensar é esconder.
Assisti um filme chamado Mary and Max, muito bom. Fala um pouco sobre isso.

Pra encerrar o post, vou deixar a música mencionada. Até porque foi ela que me inspirou a escrever isso tudo ai. Flw's.
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