Acordei com o som de uma música eletrônica. Havia dormido no chão de uma festa. Muita gente também estava no chão. Inclusive Karol. Não aquela amiga da minha mãe, mas a Karol que eu tinha acreditado conhecer um dia. A que me ensinava japonês.
Tentei acordá-la. Ela roncava muito. E parecia não se incomodar com as sacudidelas que lhe dei. Será que Mary também estava por aqui?
Comecei a andar pelo salão. As luzes coloridas ainda ligadas, o som bem alto. Pessoas dançando e rindo. Ainda era noite.
Minha cabeça doía. Acho que bebi um bocado. Nem lembro dessa festa. Tentei forçar a memória para lembrar como vim parar aqui, mas foi em vão.
Mary subiu ao palco. "Quero dedicar esta canção ao amor da minha vida. O nome dela é "Luís"". É, parecia que as coisas haviam voltado ao normal. Mary nunca me disse que cantava. Muito bem por sinal. Um dia posto essa música aqui, preciso pegar a letra com ela.
Assim que ela desceu do palco, corri a seu encontro. "Oi, Mary". Ela pareceu não me ver. Insisti. Falei mais alto. Gritei. Pulei. E então, tentei tocá-la, para que me percebesse. Minha mão atravessou o corpo dela.
Comecei a gritar na esperança de que alguém me visse. Agiam normalmente. Então, não estou no meu estado normal. Acho que é um sonho. Um pesadelo, aliás. Por isso nada faz sentido. Por isso as coisas mudam muito rápido.
Tentei acordar, mas aparentemente tudo era real. O que está acontecendo comigo?
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