Não estou aqui. Simplesmente não estou.
Me procure. Bata na porta o quanto quiser. Grite meu nome. Chame a polícia.
Desta vez não voltei. E nem pretendo. Viu o recado na minha porta? Eu vi você dando de cara com a porta trancada.
Volte. Volte sempre. E não, você não vai me encontrar. Nada contra você. Nem contra seu romantismo. Tudo contra um fato: você está sozinho agora. E infeliz. Muito infeliz. Busque sua felicidade. Não me venha implorar para sê-la. Sou só uma pessoa. Um ser humano. Uma farsante. Não confie tanto assim em mim. Não estou aqui como costumava estar.
Você ainda está ai? Vá. Apenas vá. Faça algo por si mesmo. É o mínimo. Não se deixe abater por motivos tão torpes. Seja seu próprio heroi, não o vilão.
Não há problema em ser o vilão, se parar para pensar. Porque é o vilão que dá sentido a toda a trama da vida. Então seja seu próprio vilão. Seja um antiheroi para si mesmo. Seja aquela imagem no espelho que você quer vencer. Seja, apenas seja.
Não estou aqui. Pode me chamar a vontade. Atenderei. Irei ao seu encontro. Conversarei com você. E lhe repetirei todas essas palavras. Direi que estou ao seu lado, mas não estou. Não, eu não estou.
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