Eis que ponho-me novamente a lutar contra a belíssima ansiedade
Algumas vezes, como sentimento bom, de passear pela cidade
Outra, como veneno a querer me tirar da cama, mesmo ainda debilitada
E até a insistir na vida, mesmo que viva da forma errada
Como qualquer amizade, ela não é lá verdadeira
Tem suas vantagens e sua asneira
Ah, a ansiedade, pode ser leve
Algumas vezes até breve
Mas quando puxa-me pelos pés
Faz-me gemer aos rodapés
Daqueles trabalhos intermináveis
E das noites insaciáveis
De pura dor e perdição
De questionamento e compreensão
Eis a bela dama, sempre prestes a fazer-me cair
E a seus braços eletrizantes, sucumbir
Algumas vezes fada, outras bruxa de Salém
E, quando resolve ser boa mesmo, faz-me ver além
De minha sanidade
E de minha identidade
Perco-me em sua escória
E assim construo a minha história
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