Por escolha própria, ao continuar insistindo na missão que eu deveria ter abandonado, passarei as festividades de fim de ano sozinha, pensando nos erros que cometi, estudando para consertá-los e não cometê-los novamente.
Meus familiares e amigos perguntam nas transmissões o porque de insistir tanto e não voltar quando deveria, afinal, eu tinha inteligência para ser o que quisesse na vida e sempre fui boa em contar história, por que ficar em um lugar onde não sou querida?
Eu não sabia o que responder. Já tive acesso a tanta palestra motivacional, a tantas opiniões diretas sobre o assunto que minha cabeça pesava uma tonelada. Algumas vezes até a própria Terra parecia me fazer essas perguntas em seu constante orbitar e em seu azul exorbitante.
E era nesses momentos de tensão que, intencionalmente, eu pegava o tubo de oxigênio quase vazio e abstraía em meus pensamentos de quase morte, no envenenamento por gás carbônico: lento e avassalador.
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