Postagem em destaque
25 de janeiro de 2025
Ser - por Dona Azia
13 de janeiro de 2025
"Entre Sombras e Reflexos", uma resenha do livro Necrotério das Tesouras gerada pela IA Luzia
17 de agosto de 2024
Final Fantasy XV: New Empire
16 de agosto de 2024
Hero Wars: as batalhas dos herois
Enfim, o que tenho a dizer sobre o jogo é que é muito simples, muito fácil de jogar e bem relaxante - ou não, já que tem uma série de obstáculos cada vez mais rápidos. A pessoa ocupa tanto a cabeça com esse jogo que esquece completamente os problemas - por as pessoas digo eu, mas pode ser para qualquer pessoa também.
15 de agosto de 2024
"You are the only one who can release me"
Antes do texto começar, ouça a música HOURGLASS da banda BOYS LIKE GIRLS!
Nem sempre é sobre amor, mas sobre as coisas que deixamos pelo caminho. Por exemplo, deixei para trás uma pessoa muito especial para mim: eu mesma. Sinto falta de quando eu escrevia apenas terror e não tinha medo do que iam pensar de mim. Agora vejo que estou me preocupando demais com a mensagem que quero passar com a minha escrita e do quão impactante isso pode ser na vida de alguém.
Agora quero que as mensagens sejam positivas e que façam as pessoas crescerem.
E se crescer não for algo tão bom assim?
Eu me perdi. Bom, pelo menos não me vendi às marcas e grandes corporações em troca de dinheiro. Parte de mim ainda está aqui.
Sinto que só quem eu era há anos atrás poderia me salvar de mim mesma e me curar.
Tenho me perdido em pensamentos e afazeres. Tenho me perdido no que construí como "Idiota Melodramática". Sinto saudades do que costumava ser o "Necrotério das Tesouras". O que eu construí sendo uma personalidade indestrutível e destemida.
Esse momento foi embora quando eu me destruí. Sobraram apenas alguns cacos de espelho refletindo apenas parte de mim.
A parte inteira se foi. Não sou mais completa, nem inteira. Fui quebrada. Fui rendida.
O que será que vem daqui em diante?
Será que finalmente chegarei ao status de crescer e chegar à maturidade que a minha idade propõe?
Serei eu para sempre uma adolescente perdida no tempo?
Quanto tempo mais esses pequenos reflexos me roubarão?
Quanto tempo eu ainda tenho para ser a Idiota Melodramática?
Será que tudo tem mesmo um fim?
Somente "eu mesma" do passado pode me salvar de mim mesma, mas a que custo?
20 de março de 2024
Passarinho azul
Adeus, passarinho, adeus
Não me canso de escrever cartas
Despedidas para cá
E para lá
Como o balanço de um navio
E canções de amigo
Adeus, passarinho, adeus
Como era bom usar palavras minhas em espaços seus!
E como a nostalgia vai me consumir...
Vai arder como chamas em árvores secas
E, assim, sem contato contigo, passarinho, eu também secarei
Se for pelo meu bem, meu amigo, será necessário
Foi-se um ano, um bem caótico
Mas, ei! Olhe o relógio!
É hora de ir, passarinho, tal qual o coelho de Alice:
Apressada, sem rumo e sem destino.
Adeus, passarinho, adeus.
11 de fevereiro de 2024
Lá vem vocês V
Às 8h e 10 da manhã foi o fim. Mais uma fase da minha vida. Mais uma década. O inevitável tempo cronológico. Junto à mim apenas os bons e verdadeiros. Nenhuma risada forçada, sorriso falso para foto ou conversa fiada.
A música há tanto guardada, finalmente foi ouvida. "Sou jovem para ser velha e velha para ser jovem", dizia parte da música. Era "Aquela dos 30" da cantora Sandy.
Também dizia "Tenho sonhos adolescentes, mas as costas doem", o que tem tudo a ver comigo. Sigo sendo adolescente no corpo de uma mulher adulta, ainda carregando a criança que sempre fui em meu interior.
Hoje me despeço dos 20 e tantos com muita graça e louvor. Digo isso não com um semblante triste e deprimido, mas com um sorriso no rosto de quem venceu.
Venci os medos, as doenças, os anseios e obsessões. Fui mais forte do que o que parecia ser mais forte que eu. Fui mais forte até do que eu poderia imaginar e do que quem pensei ser.
Palavras anônimas não são o suficiente para me ferir ou enganar. Minha mente já não carrega consigo vontades falsas e traiçoeiras. Tenho muito do que me orgulhar.
As paixões não correspondidas não venceram e não me derrubaram mais. Espero que eu continue sendo mais forte do que tudo o que é corriqueiro e desnecessário. Que eu continue me libertando do que me amarra e me fere.
Luzes alheias não me ofuscaram, nem me cegaram. Apenas apontaram o caminho que eu deveria seguir e qual caminho não era para mim.
Espero que eu pare de criar tamanhas expectativas e siga vivendo os meus sonhos adolescentes, mas sem esquecer de sair dessa telinha quando as costas doerem.
Afinal, há um mundo lá fora ansiando pela vida e demonstrando que muitos limites são apenas físicos e imaginários.
A vida é plena, é amarela como o Sol, que se renova a cada manhã e que nasce para todas as pessoas no mundo inteiro. É a incerteza e também a certeza de que continua e que não pode parar por pequenos tropeços e alguns ferimentos.
A vida é o conjunto de versos do poema "Levanta Guerreiro" que escrevi alguns anos atrás, mas que foram ignorados e deletados: "Levanta guerreiro, a guerra ainda não acabou".
13 de julho de 2023
"You didn't ruin my life"
Sorry I don't mean to disappoint you.
You didn't ruin my life
Ruin my life - Simple Plan
Deixei por muito tempo que certas coisas ocupassem a minha mente e me controlassem como se eu não tivesse vida ou personalidade para enfrentá-las. Foram coisas fortíssimas, não nego, e me coloquei no papel de "agressora", não de vítima. O que faz eu me orgulhar um pouco porque reconheci meus erros, não fiquei culpando outras pessoas e descontando meus problemas nelas como se tudo o que tivesse me acontecido durante a vida a toda tivesse sido culpa delas.
Ninguém merece meu ódio. Meus sentimentos são preciosos demais para desperdiçá-los com qualquer pessoa - ou grupo de pessoas.
Já pensei seriamente em desistir da escrita porque certas coisas podem vir à tona e detonar a minha carreira de escritora. Isso me deu tanta aflição que fiquei bastante tempo sem escrever. Deixei o domínio da minha carreira de escritora e da minha vida nas mãos de uma pessoa que a essas alturas nem lembra que eu existo. E, se lembra, é erro dela, não meu.
Quero dizer que, sim, eu errei muito, não sou vítima de nada. E, agora, com clareza, enxergo que não devo desculpas a outra pessoa que não seja eu mesma por ter me submetido a certas atitudes desnecessárias e vergonhosas.
Este texto poderia ter sido mais uma postagem no Instagram feita por uma pessoa que vai errar de novo e até pior, mas não é no Instagram, nem em qualquer rede social.
Fiquei longe das redes sociais tempo suficiente para colocar a cabeça no lugar e pensar no que seria da minha vida dali em diante. Não podia arriscar ter meu perfil denunciado nessa época, porque eu me sentiria pior do que já estava me sentindo. Então, ao me distanciar, tive tempo o suficiente para escrever sobre essas coisas em cadernos que, posteriormente, foram queimados para que eu não ficasse presa no meu tempo psicológico.
Tomei a decisão de não escrever sobre isso mais, em caderno nenhum, para esquecê-las completamente, mas continuo lembrando como uma ferida que nunca cicatriza e que só se vê mais aberta conforme eu escuto algumas músicas...
Já escrevi centenas de vezes sobre o que aconteceu aqui. Criei até a coluna "Fêmea Escrota" para tratar do assunto mais abertamente.
Não sei exatamente onde quero chegar com este texto, mas o que quero dizer é que eu me arrependo de tudo o que fiz em nome de um amor que, na realidade, era fruto da minha imaginação diante da dor de não ser quem eu gostaria de ser e de ser escrava dos meus próprios pensamentos e julgamentos internos que eu atribuía às pessoas, me sentindo sempre fora de algo, como se fosse culpa delas.
Nunca foi culpa das outras pessoas. Nunca foi culpa minha. Nem foi culpa de sistema nenhum.
Meus pensamentos me pertencem!
E, como vi com a música Ruin My Life do Simple Plan, essas coisas não arruinaram a minha vida. E nem vão arruinar. Muito menos a minha carreira de escritora.
Eu, graças à minha família, tive a oportunidade de pisar em solo europeu. Conheci a Espanha e a França. E graças à minha família e à terapia, pude ter essa clareza de que a vida é muito mais que um amor que eu inventei na minha cabeça e que nunca existiu na vida real.
18 de fevereiro de 2023
Pungente e desnecessária
Lá vai ela, pleno Carnaval
Desnecessária, pungente e carnal
Ela que não sabe o que faz
Não sabe o que diz
Nem sabe para onde irá depois do Carnaval
Ela segue, segue e torna a seguir
Sem direção ou abraço de namorada
É ela, a desnecessária
Seu nome é dor
Apelido desespero
E ela gosta de vir para meu desassosego
Oh, sim! Abraços de namorada, ela é bissexual
Apaixonada pela escuridão, de olho no medo
Vesga como joaninha
Cega como medusa
Ela transforma-se quando quer
Nome dor
Sobrenome solidão
Lá vai ela, meus amores, lá vai ela
Pungente e desnecessária
Torturante como o tédio
Quebrante como o caos
Tatuada com o limbo
Bissexual como as piranhas
A devorar sem enxergar
Toda a maldade que causara
E que ainda vai causar
Lá vai ela!
9 de fevereiro de 2023
OPINIÃO - À universidade? Será?
Não, eu não sobrevivi à guerra intensa que foi a universidade presencial. O que isso quer dizer? Pois bem, é como uma ditadura, onde quem não consegue encaixar-se, perde-se e "morre na praia".
Não que as pessoas devam mudar para caber no perfil. Elas devem apenas ser elas mesmas e, assim, podem ou não caber naquele espaço.
Algumas forçam o espaço e conseguem fazer parte dele na marra.
Outras, como eu, sensíveis demais acabam por desistir pelo bem da saúde física e mental, as quais estão interligadas SIM, mesmo que não acreditem nisso.
Se eu pudesse dizer algo à minha versão vestibulanda, seria: CUIDADO! A sua vida é uma escolha importante, não vá para um caminho onde você não vai se encaixar. Você é sensível, não cautelosa e é PÉSSIMA em Exatas. Você é de Humanas. E, em vez de ter medo de ser de Humanas, porque "não dá dinheiro", você deveria escolher a sua paz, não o reconhecimento alheio.
As pessoas reconhecem e invejam as pessoas felizes com o que escolheram e as consideram bem sucedidas.
Perdeu-se a velha noção de que dinheiro é a base de tudo. A base mesmo é ter tempo e energia. E saber administrar esse tempo e energia para seu próprio crescimento.
CUIDADO, menina que acha que tudo sabe, afinal, a escola acabou, não é? Não há muito o que aprender, ela pensava... mas HÁ SIM, há uma infinidade de coisas a se aprender. Coisas que vão além da universidade...
A universidade força o crescimento e o amadurecimento através de uma dor desnecessária. É como eu disse acima: uma ditadura. É opressora, pois não aceita os artistas de alma, em prol da ciência talhada à faca pela saúde mental precária dos pesquisadores, os quais sequer são reconhecidos, pois precisam se forçar a ser professores para seguir a carreira de pesquisa.
CUIDADO, criança. Você não precisa crescer dessa forma. Tem formas muito mais eficazes de crescer...um bom trabalho ajudaria...
Mas como você QUER fazer parte dessa guerra, pois faça! Conhecimento é duradouro. O inferno são os outros. Principalmente aqueles que não sabem valorizar as suas palavras.