Luís e Mary brigaram, então, ela lembrou que eu existia e veio falar comigo, na maior naturalidade. Usei o meu tom irônico. Ela não gostou nada disso.
Karol veio falar comigo. "Desculpa por ontem, não sabia o que fazer". Pensei: "E me abandonar é uma ótima opção", mas respondi: "De boas". E então, ela começou a falar sem parar. Ignorei a existência da Mary ali ao meu lado.
Assim que Karol foi ao banheiro, Mary começou a questionar porque eu a estava ignorando. Quando respondi, ela disse que eu era muito ciumenta e veio me abraçar. Acabamos brigando. Mary foi falar com a Débora, uma pessoa que eu não gostava. Tudo para provocar.
Karol voltou e ficou falando, mas nem prestei atenção. Estava preocupada com o futuro da minha amizade com a Mary.
Eu não tinha ciumes do Luís. Quer dizer, até tinha, porque eu sempre gostei dele, mas ela não precisava ignorar minha existência e deixar de falar comigo, como se nunca tivesse me conhecido, só porque está namorando. Era só marcarmos alguma coisa, como nos velhos tempos, eu e ela. Tudo bem se o Luís vier junto. Nada contra.
Karol percebeu que eu estava pensando em outra coisa, e começou a me dar conselhos sobre briga de amigas. Nem dei atenção.
No final da aula, ela foi em casa, conversou com a minha mãe e acabou ajudando a fazer o almoço. Eu fui direto pro chuveiro, onde tomei banho de roupa mesmo. Fiquei ali, pensando em tudo o que me ocorreu. Então, lembrei do meu pai, naquela construção abandonada, comendo carne humana.
Será que aquilo foi real? Sai do banho, me vesti rapidamente e sai de fininho, para encontrá-lo.
A construção não existia. Provavelmente, ele também não. Se a construção não existia, por que Karol saiu correndo?
Voltei correndo para a casa. Ninguém percebeu que eu sai. Ótimo. Assim que Karol parou de falar com a minha mãe, perguntei sobre a noite anterior. Ela disse que dormimos lendo mangás e que não fomos a lugar algum. Então perguntei porque ela pediu desculpas. E ela disse que acordou, saiu de fininho e foi embora, pois não estava se sentindo confortável.Principalmente porque, como dormimos de repente, ela acabou dormindo em cima de mim.
Acho que estou enlouquecendo.
Até mais.
Juanna.
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